Introdução
Atualmente está bastante em Volga a questão da liderança. Muitas são as referências literárias acerca do que deve ter um líder ou mesmo como deve ser um líder.
Longe de ter fim, em nossa opinião, o debate sobre se liderança se adquire ou se o indivíduo já nasce líder, nos fornece vários elementos sobre o caráter, ou melhor, dizendo, as características do líder.
Por outro lado a Administração recentemente vem adotando conceitos como “estilos de liderança”.
Esta abordagem da Administração, focada dentro do comportamento organizacional das empresas, permite pensar que a Administração não crê, mas nem descarta as teses de que os líderes podem ser formados, ou de que eles já nascem feitos, optando por dizer que existem estilos de liderança e cada um deve estudar e/ou analisar qual deles se adéqua melhor a que circunstância.
Neste breve ensaio iremos discorrer brevemente sobre alguns destes estilos de liderança.
Justificativa
Nossa justificativa primeira deve se pautar na definição de líder – ou liderança. Sem definirmos do que se trata este objeto de estudo, dificilmente iremos escapar dos “achismos” e seus derivados.
Em primeiro lugar liderança, ou liderar tem a ver com pessoas. Seja numa organização social primitiva ou tribal, seja no complexo jogo de política governamental a liderança é exercida por um indivíduo ou por um grupo sobre os demais.
Destarte, é mister que as pessoas aceitem a liderança deste indivíduo ou grupo.
O que é líder (ou liderança) então?
Aqui lançaremos uma opinião com base em nossa própria percepção de líder.
Líder é aquele que se dispõe a assumir os riscos inerentes a uma determinada tarefa e faz com que os envolvidos neste processo ajam segundo suas orientações, mas crêem estar fazendo o que se pede, não por que quem exercesse a liderança assim determinou, mas porque reconhece no outro a autoridade delegada como líder para tal.
Conclusão, são as pessoas que, consciente ou inconscientemente delegam o poder de líder a um indivíduo ou grupo.
Mas quais as características que são peculiares a estas pessoas que são investidas desse papel de líder?
É justamente este o ponto que fez surgir várias teorias acerca dos estilos de liderança e de como exercê-los.
É o que procuraremos desenvolver a seguir.
Desenvolvimento
Observe que na definição que demos sobre liderança fica claro que esta é exercida por um indivíduo ou grupo e que isso depende de suas características tais como conhecimentos, habilidades, sonhos, inteligência, impulsos etc.
Neste sentido também temos que considerar o outro lado da moeda, ou seja, o grupo liderado também é constituído de indivíduos que da mesma forma que o líder possui inteligência, habilidades, sonhos etc.
Essas variações ocorridas com líderes e liderados e a situação em que a liderança é exercida propiciam a criação de vários estilos de liderança.
Com base em nosso curso de Comportamento Organizacional em seu módulo 2, podemos, de imediato, citar 3 abordagens das teorias de liderança:
· Teoria dos traços
· Teoria comportamental
· Teoria da liderança situacional
Cada uma destas teorias apresenta suas peculiaridades, mas em nosso entendimento nenhuma delas se justifica sozinha, pois a dimensão de líder é muito mais do que suas partes.
Para encurtarmos a abordagem tentaremos exemplificar cada uma das teorias com personagens que poderiam ser classificados em cada uma delas.
Para teoria dos traços, por exemplo, podemos imaginar alguém de belo porte físico, por exemplo. Ou então alguém de fala marcante, forte, que em seu discurso se diferencie das outras pessoas, todas estas características criam um estereótipo de líder. Aqui vamos citar Winston Churchill.
O comportamental dita a forma como o líder se porta, se ele é enérgico, se é democrático, se sabe ouvir, ou se faz obedecer, por exemplo. Nesta linha vamos optar por um comportamento mais ríspido, mais autoritário e não democrático. Desta forma temos Hitler como líder.
Finalmente a situacional, que é aquela que diz que o líder tem o tal “jogo de cintura”, são aqueles que sabem se adaptar. Neste sentido, em nossa opinião, temos o ex-presidente Lula.
Poder-se-ia aqui discorres sobre uma série de outras características dos estilos de liderança, por exemplo, em FERRARI e MAXWELL temos um desenvolvimento de estilos de liderança baseados em traços, comportamentos e situações de personagens bíblicos.
Vejamos alguns exemplos:
· Situacional: tem senso de oportunidade: José
· Comportamental: tem capacidade de assimilar derrotas: Moisés
· Traços: tem carisma, capacidade de inspirar devoção e entusiasmo: Davi
A questão é como todos estes estilos podem contribuir para o comportamento organizacional?
Temos visto pelos textos indicados para leitura no módulo 2 do Curso de Comportamento Organizacional, que as empresas tem a preocupação de desenvolver aspectos de liderança que façam que seus empregados possam desenvolver suas atividades com mais motivação.
As empresas buscam pessoas que, mais do que simplesmente possuírem conhecimento técnico, precisam saber conhecer pessoas. Precisam aprender (ou será que já nascem com) liderança.
Aqui entra outro aspecto fundamental do estilo de liderança, que em nossa opinião, permeia todas as teorias, que é a comunicação.
Hoje sabemos que uma comunicação eficiente e sem entraves, que seja clara e precisa é uma característica fundamental de liderança.
Conclusão
Não há milagres neste processo.
A liderança, para nós é um processo de constante aprendizado. Pode se nascer líder? Sim, claro, porque não?
Pode se aprender a liderar? Sim, é igualmente legítimo.
Seja como for, quem já nasce líder tem que aprender a desenvolver seu dom e aperfeiçoá-lo sempre. Para os que desejam aprender a ser líder, o primeiro passo é a humildade, a humildade de saber que nada sabem e que o processo de liderança é eterno.
Referências bibliográficas
DRUCKER, P. F. O gerente eficaz em ação: uma agenda para fazer as coisas certas acontecerem. Editora LTC, 2007. Rio de Janeiro.
MAXWELL, J. C. Desenvolvendo Líderes em sua Equipe de Trabalho. 1ª Edição, 2004. Editora Mundo Cristão, São Paulo.
HUNTER, J. O monge e o executivo. Editora Sextante. Rio de Janeiro, 2007.
REZENDE, B. R. (Bernardinho). Transformando suor em ouro. Editora Sextante. Rio de Janeiro, 2006.
FERRARI, R. Mestres da Liderança. Editora Casa Publicadora Brasileira. 1ª Edição, 2009. Tatuí – SP.
SPOLETO - Aulas de teatro para funcionários. Tablado, 04 set. 2007. Disponível em: . Acesso em: 21 jul. 2008.
CAMPOS, Vicente Falconi. Inovação e liderança. Economia do Estado de Minas, Belo Horizonte, nº 27, jul. 2000. Disponível em: . Acesso em: 13 abr. 2006.
AMÂNCIO, José Luis. Ferramentas básicas para o sucesso empresarial. Disponível em: . Acesso em: 10 jun. 2008.
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